palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.

o restante...é erva-daninha e pontos

(...)

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Mau humor

Saiam de perto de mim
Hoje estou pra comer vespas inteiras
E suas carcaças cuspir

Não me amolem porque as minhas unhas já estão afiadas
São garras, são facas
Canivetes nas pontas dos dedos

Não me encham o saco
Que esse já está cheio e pronto
Para vomitar horrores

Me deixem em paz...
Vão catar coquinhos...
Porque hoje eu perdi a graça
E não estou pra brincadeira

Quero o quarto mudo
Os olhos surdos
No escuro que mora em mim

Calma
Volta amanhã
Quando tudo isso já teve fim.

- Palarvore pag 22 -

(Com devidas alterações poéticas para uma longa vida do poema)

Nenhum comentário:

Postar um comentário