Saiam
de perto de mim
Hoje estou pra comer vespas inteiras
E suas carcaças cuspir
Não me amolem porque as minhas unhas já estão afiadas
São garras, são facas
Canivetes nas pontas dos dedos
Não me encham o saco
Que esse já está cheio e pronto
Para vomitar horrores
Me deixem em paz...
Vão catar coquinhos...
Porque hoje eu perdi a graça
E não estou pra brincadeira
Quero o quarto mudo
Os olhos surdos
No escuro que mora em mim
Calma
Volta amanhã
Quando tudo isso já teve fim.
- Palarvore pag 22 -
(Com devidas alterações poéticas para uma longa vida do poema)
palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.
o restante...é erva-daninha e pontos
o restante...é erva-daninha e pontos
(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário