palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.

o restante...é erva-daninha e pontos

(...)
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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Mau humor

Saiam de perto de mim
Hoje estou pra comer vespas inteiras
E suas carcaças cuspir

Não me amolem porque as minhas unhas já estão afiadas
São garras, são facas
Canivetes nas pontas dos dedos

Não me encham o saco
Que esse já está cheio e pronto
Para vomitar horrores

Me deixem em paz...
Vão catar coquinhos...
Porque hoje eu perdi a graça
E não estou pra brincadeira

Quero o quarto mudo
Os olhos surdos
No escuro que mora em mim

Calma
Volta amanhã
Quando tudo isso já teve fim.

- Palarvore pag 22 -

(Com devidas alterações poéticas para uma longa vida do poema)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

. de ebulição!

Onde hoje em dia é um ponto e vou direto as exclamações:
No ponto de ebulição!

terça-feira, 3 de julho de 2012

ECOÉLÓGICA

a ruptura... 
inefável corte
tracejo de morte oculto em não me disse
o que.
o que.
o que.
sem nome.
missiva que não se justifica.

respiramos esse ar excremental
por todos os nossos dias
e a descoberta genial
científicílima
se perde.
se perde.
se perde.
nada recria.

na velocidade do carro do ano
no gol do flamengo
no silicone da atriz globalizada

amortecemos a queda
a-morte-cemos a queda
amor-tecemos a queda
com nossas visões descartáveis de mundo
e sub-solo

Na fronte of Wallac's - Em frente ao Jardim Botânico


É fonte:
romântica francesa
de ferro fundido
e idade avançada!


IXX secularis
em íris de Tetis


Mãe d’água seria
Serial de Sereias
Se fosse Brasil :
Janaínas ou Iemanjá


Mas Tetis
que é grega
daqui
anda cuspindo água
(e chorando escorre)


!O Desperdício!

Nereida ou titânide
Entre a ninfa e a guerreira
Ela deixa a guerra
e “Nereida” os peixinhos


um líquido instinto
(quase que extinto!)
natural .


Nada de humano
mais de animal mesmo!


Entre conchas
Virou fonte

Nas mãos que se juntam
Pra beber a água
na pressa da prece!
( Porque sede mata!)


E dizem ser seus os cabelos
Os fios d’água e freáticos
debaixo dos pés:
-Que alteram a cor e o molhado do solo-

São só os troços das tranças de Tetis
Que agarra o filho
Que afoga a mãe!

Sobre Macambiras e Maracandus

Quando na ausência fossintética
Farta sol:
-Lágrima cactácea!

O que Cereus,

Jamacaru?

Só cria espinho
Quem aprendeu a doer!
- disse ele a mim -

Quando faltou água
Entre as bromélias
A boca rachou:
Corte e fortume
de seca
E costume.

Na decoada da palavra
O meu alagamento eu interno:
Não vou virar poeira ou eu vento.

Porque a farinha anda pronta
O farelo anda pouco
E o meu pirão

(...)

-Cadê?

domingo, 1 de julho de 2012

pela parede

disforme ela impregnava
só estava ali por estar ali
entendendo a minha oposição.

antropomórfica
liquidotrágica

e quando secava
cheirava a mofo
e tomava os livros
às traças!

superfície alguma lhe resistia
ela era grande
e espessa

( sendo que havia começado pelos pequenos pontos)

parede inteira lhe faz concreto
enquanto eu recrio o rosto
em sua silhueta

pseudo-concêntrismo:
a minha concentração
anda em círculos
por ent(r)e os focos!

mas foram os flocos
nas filas
nos cantos
que me fizeram pensar
em me deixar cair pelos rodapés.
(até que alguma vassoura varra doideras em mim)

para rodapés e parapeitos
a queda e a coisa são certas:
- quem anda perdido
o erro encontra!

já se foram semanas
e ela ainda
ali

eu
daqui
também só
olhando o quase círculo
que não se forma na página

mas lembra de longe
(visto de perto)

eu escrevo umas bobagens
sobre esses eventos manchados
sobre os respingos de sopa
as taças quebradas
ódio
licor

lembro toda vez quando esqueço
eu olho pra ela e torno a sentir
ainda quente
insalubre

o gostinho de fel
e a língua afoita:
ando querendo beijos
que não.

me sinto próximo
escuro quanto
azedo quanto

e como ela
também tomo os livros
às traças

manchei parede durante os meses.
e há anos ela fica
me lembrando armas (...)
Vermelha (...)

e me absorveu (...)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

In loco(pia) ...


Parecia cru
Em gelo
Eu
                         (...)
Em casa
Parecia nua

Eu sentia as coisas
Me cozinhava
Em febre
Fervia
A dor
                        (...)

Sangue e juízo
Na pia

Um estado líquido
Que cheira a gás

Requiém for a Surf


Ondas quebram!
Furos n’água
Em convulsões salinais

E no quebrante do ensejo:
Surfistas-mortem
Ad revistas
Bostum jornais

Eternidade tubular
A prancha se move
A onda lhe cospe

O respiro é nada
Pra quem se lança
Nada pra quem se lança
Nada!

-Eu respiro e morro muito!-
Afogar-se é ver na instabilidade do vento
O fio d’água que salva vidas!

lithiumemmim

dose diária de dor aburda:
-Absorva!
( e morra! )

sábado, 26 de maio de 2012

Puta-poema!




“Botando o mundo inteiro pra gozar sem prazer nenhum (...) “
( Stella do Patrocínio)


Sou uma puta aberta!
E perna e pulso
aberto!

-Alberto, Peter, Jean e Caroline!
Sabem como é estar dentro de mim.
E o dentro não precisa estar por dentro
para saber de porra nenhuma!

Pode o dentro estar por fora...
Pode ser que o gôzo
seja o prazer do olho
da entrega...

Na boca lambendo palavra
Momento volúpia!
A sensação de vidro!

Mas dizem:
Puta!
Triste!
( Gabriel até escreveu! )

E eu confesso...
Também...
- Dei tanto de mim
que o que restou nem falta faz!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ent(r)ega(lhos)

tava encostada. encosta. rio sobe. serra desce. tava parada. parei e vi os galhos. galhos perfuram e eu não sabia. eu sei do vento, do tempo, não sei dos galhos. eles perfuram, eu não sabia. sobiam pelo cerebelo, cérebro, minha hiper-cefalia-poética...estagnaram! Amei aquilo!amei aquilo enquanto sentava pra tomar café pensando se eu era importante...eu era importante? até onde a importância me deve coisas, me mostra as causas? eu beijei sim... eu beijo... beijo é afeto e perfura, é galho também... não sente? eu amei um pouco mais, mais gente, mais coisas... eu fui aderindo a importância que era o meu amor, e meu cabelo mudou na cabeça. parecia seca...sem vida...que coisa estranha, pensei. parei no canto, sentei, me olhei, e morri de rir (...) e me amei!

domingo, 13 de maio de 2012

the tour yeah !


bonito hoje, foi, a gente se falar. tranquilo. calmo né?
um caminho.minho e minha. 
como par.
e também dividiria meu prato com você, se... andasse mesmo descalço comigo.
se aparato para atos for ... for... ça-bedoria. ( "ria ria" )

Calmo né? uma e duas vezes se falou, na terceira acheu;
calmo né? respingar mais... 
porque se fosse esbarrando na parede seria escorrimento, não pingo, nem gota.
ando bingando nova mente o corre da rede que a, padece e desce e sobe
e desce e sobe.
mente nova,
deitado na rede que ainda vai ser amarrada !
na rede que sem balança tem dois lados, e já se têm valor. tem velar e lavoura . a de quem planta e de quem não.
A de quem planta depois e a de quem espera oque fois.
A de Beber, C de quem dorme, cochilo de quem vive,zelo de quem Homem, homem de quem come, ome de quem c, se acha e e exervive pra nascer, viver, morrer.
Rir de quem só "mór" , quem de quem só bem, bem de bom do bom,
bom de tu e eu."

(Thomaz Garcia)



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Entre 10 anos

envelhecemos dez anos
e guardamos o quadro com borda amarela
na estante.
estanque de sangue e pulsar
senão eu jorro!  
o que há de mal em mim
ser que se espalha?
existem noites que nasceram pra matar a gente
e o fio branco
da cabeça
amarra o braço
quando a gente não pode mesmo fazer nada
e morre!

o fio rompe
o tempo expande

temos mais dez anos pra rejuvenescer depois
e tornar a nós
um nó de novo
um fio remendado
ou em partes
um pra cada lado

o tempo muda.
a gente torna a envelhecer
e nasce pra continuar a morrendo!

(Cintia Luando)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Espera

Cheguei para dormir em árvores,
não pra me enraizar,
mas ganhar um aspecto de folha
que relaxa e se alimenta.

Estou verde e só,
sobre o tronco,
sóbrio e inebriado.

Cheguei palavra manchada
em fantasia de soba
ou demiurgo.

Subi pelos galhos e fiquei a esperar.

Marcelo Asth

( De quando saímos para plantar poemas e nunca mais voltamos )

domingo, 8 de abril de 2012

Combustão

Eu saio e não salvo
Atropelamento de sentidos baixos
Entro em ebulição
E não!
Deixei morrer

A pele pega fogo
O carro corre na veia
Para-choque de peito
Perdendo a direção

Em coma
Na cama
Me come
-Não ama!

Se foda!

Se fosse luz espalhava
Mas não é!
Então concentra
Com cem milhões de fusíveis
Passíveis
De ver queimar

Eu apago mesmo!
Apago feito palitos
Sou fósforo!
Sou feia!
Fera!
Pólvora louca
-Explodindo!

Cheira gás
Ou gasolina
Efeito estampa
Minha nitroglicerina!




human idade

que me perdoem
mas cabem no meu abraço
os pedaços tortos
as asas caídas
de todos os humanos
que eu sei
não são deuses
porra nenhuma!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A poética da Lua sobre o Nascimento Asthiano

" A poética do Nascimento Asthiano é uma árvore enraizada de mobilidade sagaz que se altera entre as terras. Fruto. Caule em guerra. Galhos distintos dançam no sol. Um flor tão viva respira mentol...
Um frescor intenso...
(Nuvem, Nuvem, Nuvem)
Que cobre meu céu feito lençol
E cai algodão em meu pensamento"

A poética do Nascimento Asthiano para a Lua




Por: Marcelo Asth e Lucas Nascimento

terça-feira, 3 de abril de 2012

Babel

Talvez beibe
Meu inglês seja ruim
Maybe
You don’t understand me

Não me importo não!
Eu falo pelo olho
Eu sinto pela mão

( Cintia Luando )

sábado, 24 de março de 2012

De manhã de maré-baixa

Procurei motivos
Encontrei acasos
Tropecei nos fatos
Vomitei bobagens

Eu fui ressaca para todos os mares na manhã seguinte!