palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.

o restante...é erva-daninha e pontos

(...)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma palarvore sobre esse livro:

Eu tinha poemas muito diversos. Uma salada poética, algum tempero, e só isso! Eu não tinha um livro. A poesia eu sempre tive, mas um livro de poesias... Eu não tinha. Eu precisava encontrar alguma coisa que pudesse dizer que aquela multiplicidade de palavras, na verdade eram palavras unidas: Uma unidade. A única coisa que tinham em comum eram as palavras!- Ao menos a palavra! – Eu pensei. Pensei e fiquei buscando imagens. Imagens que pudessem captar essa “atmosfera variável” da minha poesia, que ora exibia seus talos ainda verdes, ora era madura e era pimenta que ardia; tinha poemas doces, outros amargos... Umas colocações mais desenvolvidas e complexas, outras nem tanto... Tudo bem misturado! Foi quando olhei pra vida e vi Palarvore! Uma PALAVRA com a força natural que tem a imagem que é ser ÁRVORE. Palarvore é poema-semente. Ser semente é ser ingênuo, é começar a crescer pequeno mesmo. Palarvore é raiz quando ela fala da base, da estrutura. O caule é a Palarvore no meio do caminho... Entre o chão e o céu... Começa a se desenhar ranhuras, saliências, experimentações... As flores e as folhas de Palarvore são o ápice da delicadeza. A copa. Um lugar ameno, suave, de perfume, e balançar de vento. Ali, tem beleza pra ler e descanso de alma. Os frutos e a morte, são poemas tristes. De cair no chão e apodrecer. Fechando o ciclo para um ciclo novo. Palarvore tem proporções absurdas! Tão absurdas, que ao redor de Palarvore, cresceram as ervas-daninhas. - Assim, intitulado “Palarvore”, o meu livro se divide em capítulos muito naturais: sementes, raízes, o caule, as flores e folhas, os frutos e a morte,e as ervas-daninhas, claro! Poesia-viva que se desdobra, sai do papel, vai pro corpo e anda na rua, faz fotossíntese, vira música, e quer saber de que arte ele é feita... “Até que Palarvore ganhou espaço e fincou-se no chão” É com muito carinho que inauguro minhas palarvores virtuais nesse blog... Postarei aqui fotos, vídeos, textos, observações, devaneios, aspirações, desabafos, e tudo mais que tiver qualquer relação afetiva desse nosso grande devir palarvoreano!

Com muita poesia...
Por esse amor...

Cintia Luando

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