O dia escolhido:
- Um dia avulso! De repente era “hoje” (Considerem os meus ontens, porque a performance foi feita há alguns dias atrás... E eu não me lembro o dia exato! Coisas do meu caleidoscápio *) !!!
O lugar de ação:
- Unirio para a nossa primeira experiência! Um jardim, algumas árvores, um fluxo calmo de férias e gente leve tomando ar e respirando vento! Tinha que ser um lugar que nos deixasse a vontade para fluir e fruir do nada, com o que tínhamos na hora.
Apenas ato:
- Eu não tinha pensado em nada específico, nenhum gesto, poema, ou qualquer coisa. Nada. Pouco antes de sair de casa eu me lembrei:
(Uma doce conclusão: Palarvore-semente )
Esse poema cabia feito luva naquele momento: Se relacionava verdadeiramente comigo e com o momento experimentado pela Rany. Era perfeito para o desdobramento que nos propomos fazer. Chegamos, arrumamos tudo, e comecei a escrever o poema no lençol. Rany Carneiro e Pedro Rios Leão, entre lentes e olhares filmavam e fotografavam tudo. Alguns poemas nasciam do “poema-semente” que eu estava escrevendo. Cada borrão de tinta, cada evento, cada impulso que a palavra escrita e as tintas tinham sobre mim, escreviam no lençol um poema espontâneo, nascido ali e para aquele momento. O chocolate que foi usado pela Rany na sua performance, ainda era um material presente, mas de uma outra forma. Não sendo material, estava presente na forma escrita e consequentemente na memória de uma outra experiência com o chocolate, uma experiência minha. Era o meu momento vital a ser doado. Estamos falando do meu "precisar". No entanto, mesmo que o chocolate não fosse de fato algo material naquele momento, estava tão presente, que percebi na poesia das coisas, milhões de formigas perambulantes em lençol- branco-e-borrado-de-tinta e palarvores no jardim. Éramos muito doces mesmo!
Caleidoscápio * - S.M. Um sistema inventado para contagem e agrupamento de dias que visa atender, principalmente, às necessidades utópicas e poéticas das nossas potências fruitivas e artísticas por meio da nossa cultura, da falta dela, da mistura entre elas e etc, que tem como gênese um momento de ócio criativo e descontraído na minha casa, quando nos encontrávamos como "Os Desmantelistas" eu, Marcelo Asth, Lucas Nascimento, Alessandra Biá e Thainã de Medeiros. Nos contentamos com um esboço-caleidoscápico e temos sido felizes sem grandes elaborações, por enquanto... Rs! Aguardem ( Para as palarvores futuras de uma outra vez, que não sabemos ainda quando será. )! Rs!
palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.
o restante...é erva-daninha e pontos
o restante...é erva-daninha e pontos
(...)
o caleidoscápio não nos cabe como definição de tempo, ele é transitório na energia e fixo no espaço da utopia. Ele nos leva a compreender a vida redonda, não-linear, mas que é feita de uma linha que vai e volta como festa.
ResponderExcluirO Caleidoscápio é pessoal e impessoal a cada demiurgo de si mesmo! É a (des)ordem de um tempo, que sinceramente, eu sei lá...
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