palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.

o restante...é erva-daninha e pontos

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Palarvore além da forma ( poesia é bem mais que livro )

“ Hoje a prática artística aparece como campo fértil de experimentações sociais, como um espaço parcialmente poupado a uniformização dos comportamentos. As obras que serão aqui tratadas esboçam várias utopias de proximidade.”


( BORRIAUD, Nicolas.Estética Relacional; São Paulo:Martins, 2009.)


(Imagem: O livro árvore de Dali)
É isso! Nós queremos esboçar nossas varias utopias de proximidade, aproximar tudo que se relaciona com palarvore porque palarvore não é um livro, mas uma experiência artística que quando estiver nas prateleiras, ou cabeceiras, se dá como tal, mas que é mais... Sempre mais... Por se tratar de um material sensível! Uma obra de arte! Conto com os amigos desmantelistas e seus afetos para desmembrar a poesia do meu livro e trazer ela para outras instâncias, vivenciar ela de outra forma. Tem sido uma experiência muito forte, tenho sido atravessada várias vezes por sensações muito diferentes das sensações de quando escrevi os poemas, ou os reli... Não sei dizer se é prazeroso ou se é dor profunda... Confesso que existem dias em que eu me contorço engasgada com seus frutos e uma espécie de morte-seca, depois viro flor e mostro os dentes morrendo de rir. Mas não nego. Eu prefiro sentir demais e criar, do que anestesiar-me e anestesiar. Posso dizer que palarvore é um projeto para a vida, estranho e maravilhoso. Estamos interessados aqui, em sermos afetados. Afeto é a palavra! É o que faz palarvore assumir uma outra forma, um outro devir palarvoreano... Nos dias atuais, a uniformização das coisas, os padrões, as regras sociais e morais, já não se aguentam dentro da gente, e existem coisas que devem ser quebradas. Um livro pode não ser só um livro. A gente conta com teatro, com música, com poesia, artes visuais, e com o que mais a gente tiver para compôr. Eu gosto dessa palavra: Composição! Acho que ela define muito bem o que o coletivo de arte "Os desmantelistas" está fazendo... Ele está compondo essa cena de arte... Experimentando a poesia em um outro lugar. Vamos evitar as "cristalizações". Vamos mudar! Desde os movimentos vanguardistas, modernistas, de contracultura, que a gente tem esse impulso enérgico de experimentar sair do fluxo, de querer ir buscar o novo... A gente quer experimentar... A gente experimenta...


(...) nós somos JOVENS &
ARTISTAS (...)

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