palarvore é voz que não sustenta o grito e sai rasgando a garganta. um entregalhos coberto de flores enquanto as folhas espalham o vento. Um primeiro livro, uma semente... uma vida de mortes avulsas e semidiárias. tem raiz e juventude na veia. um caule torto, uma expressão própria. palarvore é fruto de vida intensa com um olhar guloso de sumo adocicado. um réquiem do apodrecer da época. um livro sonoro e dissonante que beira as tensões do que é ser humano. um feminino forte do elemento Terra.

o restante...é erva-daninha e pontos

(...)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Entre 10 anos

envelhecemos dez anos
e guardamos o quadro com borda amarela
na estante.
estanque de sangue e pulsar
senão eu jorro!  
o que há de mal em mim
ser que se espalha?
existem noites que nasceram pra matar a gente
e o fio branco
da cabeça
amarra o braço
quando a gente não pode mesmo fazer nada
e morre!

o fio rompe
o tempo expande

temos mais dez anos pra rejuvenescer depois
e tornar a nós
um nó de novo
um fio remendado
ou em partes
um pra cada lado

o tempo muda.
a gente torna a envelhecer
e nasce pra continuar a morrendo!

(Cintia Luando)

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