só estava ali por estar
ali
entendendo a minha
oposição.
antropomórfica
liquidotrágica
e quando secava
cheirava a mofo
e tomava os livros
às traças!
superfície alguma lhe
resistia
ela era grande
e espessa
( sendo que havia
começado pelos pequenos pontos)
parede inteira lhe faz concreto
enquanto eu recrio o rosto
em sua silhueta
pseudo-concêntrismo:
a minha concentração
anda em círculos
por ent(r)e os focos!
mas foram os flocos
nas filas
nos cantos
que me fizeram pensar
em me deixar cair pelos rodapés.
(até que alguma vassoura varra doideras em mim)
para rodapés e parapeitos
a queda e a coisa são certas:
- quem anda perdido
o erro encontra!
já se foram semanas
e ela ainda
ali
só
eu
daqui
também só
olhando o quase círculo
que não se forma na página
mas lembra de longe
(visto de perto)
eu escrevo umas bobagens
sobre esses eventos manchados
sobre os respingos de sopa
as taças quebradas
ódio
licor
lembro toda vez quando esqueço
eu olho pra ela e torno a sentir
ainda quente
insalubre
o gostinho de fel
e a língua afoita:
ando querendo beijos
que não.
me sinto próximo
escuro quanto
azedo quanto
e como ela
também tomo os livros
às traças
manchei parede durante os meses.
e há anos ela fica
me lembrando armas (...)
Vermelha (...)
Vermelha (...)
e me absorveu (...)
Menina, depois volto pra ler mais dos seus escritos. Fiquei impressionado com sua qualidade! Forte abraço! Sandro Pinto
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